quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Bar Costa

"Bar Costa" é um quadro a óleo, pintado por Max Tams, e que pode ser visto na Casa Inglesa (Café e Restaurante) em Portimão. Max era um dinamarquês (?) que se instalou nas Caldas de Monchique nos anos da 2ª Grande Guerra. Segundo se dizia era engenheiro químico e dedicava-se à pintura. No final da guerra deixou Monchique e ninguém mais o viu, o que alimentou a suspeita de que seria um espião alemão. O Costa, aqui retratado em quatro posições, sempre com um copo na mão, era um "faz de tudo" disponível para fazer qualquer trabalho ou recado.  Quando a "caminheta da carreira" parava nas Caldas era frequente comparecer para ganhar "uns tostões" a ajudar na carga e descarga de mercadorias. Esses tostões, mais alguns que conseguia a vender "vassouras de lantisco", eram imediatamente transformados em medronho que o mantinham "quente" permanentemente.
O Max, tal como o Costa, também gostava de medronho. Não sabemos se faziam companhia. Como era discreto, ou tinha que ser, evitava beber nas tascas sediadas nas Caldas. Então deslocava-se um pouco mais
 acima, ao miradouro, onde havia um sapateiro que tinha uma tasca. Como tinha que ser discreto pedia uma "água da sola" em vez de um medronho. Aqui nasceu o nome Água da Sola que tornaria famosa a tasca, pelo bom presunto de Monchique que lá servia numa grande fatia de pão caseiro, mais tarde transformada em restaurante pioneiro no famoso frango no churrasco "à Monchique"

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